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Empreendedoras, mães e batalhadoras, as mulheres são protagonistas no
comércio de São Carlos. No mês de março, em que se celebra o Dia
Internacional da Mulher, a ACISC (Associação Comercial e Industrial de São
Carlos) homenageia singelamente a importância da mulher no contexto
empresarial e conta a história das comerciantes, as diretoras e associadas
da entidade: Ivone, Luciane, Gabriela, Silvana, Lídia, Josiene e Esther.
Empreendedoras, elas encontraram suas paixões em ambiciosos projetos
de vida, e são grandes exemplos a todas as mulheres que desejam
alcançar a satisfação profissional.
Ivone Zanchim é a vice-presidente da ACISC, ela conta que ao lado do
esposo, no ano de 1977 iniciou a atividade empresarial e, desde então,
com muito amor ao empreendedorismo, seriedade e credibilidade
fortaleceu os trabalhos. “Tenho o espírito empreendedor enraizado em
minhas percepções e ações. A mulher possui posição de destaque nos
negócios, pois tem uma visão mais ampla e sensível. Ela transmite
segurança e confiabilidade nos seus atos e palavras, e atua com maior
profissionalismo e seriedade frente aos desafios do cotidiano”, enalteceu
Ivone.
Para as mulheres que desejam seguir na profissão, ela recomenda
dedicação para superar todas as dificuldades. “Os desafios são imensos,
mas as conquistas também. Com sabedoria e parcimônia superamos os
momentos difíceis”, completou.
Com um espírito dinâmico e sempre em busca de novos desafios, a
Luciane Mattos Umschaden se interessou pelo varejo. “Fiquei quase um
ano consultando e estudando o mundo das franquias. Em outubro de
2014 fechei contrato com a Avatim que é uma franquia sediada em Ilhéus-
BA, na época com 34 lojas espalhadas pelo território nacional. Acho que
minhas pesquisas e estudos me levaram para o lugar certo. Hoje a Avatim
possui 160 lojas em todo o país e tem crescido exponencialmente mesmo
com todos os entraves da pandemia”, explicou Luciane.
Uma dica para as mulheres que querem empreender segundo ela é
estudar o ramo que escolheram. “Hoje muitas instituições conseguem dar
essas orientações e a internet também ajuda. Às vezes não dá certo como
planejado inicialmente, mas mudamos a rota e seguimos. A população de
forma geral precisa de pessoas que acreditem e que possam contribuir
com geração de novos negócios e consequentemente emprego e renda”,
acrescentou Luciane.
A Gabriela Sant’ana passou numa seleção na Escola Quintal para atuar
como professora em 1999. Com o nascimento do seu filho em 2002, pediu
demissão para se dedicar à maternidade, e em 2004, a convite de sua
sócia Marilandi Degani fundadora da escola em 1982, tornou-se sócia
proprietária. “Nós mulheres somos capazes de fazer “mil” coisas ao
mesmo tempo, cuidamos da empresa, filhos, casa e compromissos
pessoais. Então, se nos unirmos nessa liderança feminina nas empresas, as
nossas relações interpessoais e profissionais serão muito mais fortalecidas
e ouvidas de uma forma mais sensível e delicada”, relatou.
Como dica profissional, Gabriela diz que as mulheres precisam ter paixão,
foco e sonhos. “Nunca inicie um negócio para fazer dinheiro, mas para ser
único e fazer a diferença, o resto é consequência. Tem uma frase que eu
gosto muito: escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar
um único dia em sua vida”, completou.
Para a Silvana Tofanelli o potencial feminino está se consolidando cada vez
mais, diante das empresas e negócios. “Em um momento da vida onde
passava por mudanças, pesquisei várias opções de negócios, e optei pela
abertura de uma loja de moda íntima feminina, sendo um universo de
opções, por conta do posicionamento e vaidade feminina. Acreditei na
oportunidade de causar uma experiência de realizações dentro desse
universo. Apesar das dificuldades que passamos no comércio em geral
estou firme e forte”, salientou a empresária.
Um conselho da Silvana para as mulheres que querem atuar como
empreendedoras é acreditar em seus sonhos e instintos. “Não deixem de
estar com os pés no chão, de pesquisar e criar as condições necessárias
para execução do projeto. E principalmente ame o que faz”.
No interior, a Lídia Maria Mendes Lima viu a oportunidade de abrir uma
franquia no ramo de serviços de lavanderia. Em seguida apareceu a
oportunidade de prestar serviços para uma empresa de aviação, instalada
na cidade. “Daí pra frente eu segui na administração de duas lavanderias.
Hoje as mulheres estão no mesmo nível que os homens, basta ter
oportunidade. Para aquelas que desejam seguir no empreendedorismo
indico ter resiliência e persistência”, declarou Lídia.
Aos 14 anos de idade, a Josiene Scomparin Dressano sentiu a necessidade
de se inserir no mercado de trabalho. Responsável e atenta, ela
conquistou experiência e aos 17 anos foi emancipada para poder tocar seu
próprio negócio. “A minha família sempre foi um apoio e a minha fé em
Deus a minha maior gratidão. Tudo isso junto me ajuda a acordar todos
os dias e seguir confiante. A mulher cada vez mais ganha espaço no
mercado de trabalho. Em muitas situações é ela o arrimo de família. Tanto
que, atualmente, a força de trabalho feminino cresceu 8%. Embora elas
representem força no mercado de trabalho, o salário ainda é injusto”,
disse a empreendedora.
Josiene aconselha força, coragem e determinação às mulheres que
querem seguir carreira no empreendedorismo. “Os valores fazem toda a
diferença em qualquer segmento de trabalho. A minha bandeira é a
certeza de que tudo passa, e esse momento atual também vai passar. A
minha confiança em Deus é a certeza da minha escolha”, completou.
No que diz respeito aos negócios, Esther Luiza Pelosi Casemiro afirma que
a mulher é peça fundamental pela sua intuição, criatividade e inteligência
em dominar soluções certeiras. “Comecei muito cedo como estilista de
bonecas, tive meu ateliê de costura mais tarde aos 17 anos, onde produzi
muitas noivas e madrinhas e me realizei com minhas criações. Hoje divido
os trabalhos na ótica, pois descobri o quanto é fascinante esse mundo de
saúde visual”, comentou.
Para ela toda mulher tem um potencial dentro de si. “Seja uma
empreendedora, sonhe amadureça esse sonho, comece confiante e se
torne uma grande mulher de negócios”.
O presidente da ACISC, José Fernando Domingues, o Zelão, por sua vez,
ressalta a importância da data e reforça que o reconhecimento deve ser
feito no dia a dia. “O simbolismo da data serve para reforçar os esforços
que as mulheres vêm realizando ao longo das décadas para ter o seu
reconhecimento. Em nome das diretoras da associação parabenizo todas
as mulheres pelas conquistas e pelas trajetórias de sucesso”, finalizou
Zelão.